quarta-feira, 29 de abril de 2020

BANHO DE ERVAS PARA PROTEÇÃO










 Nessa época de Corona-vírus, pandemia, que tal prepararmos um banho de ervas para a proteção e força? O corpo precisa de um bloqueio, uma barreira para que o tempo haja e regenere a saúde de seu corpo.  Entre em contato, fazemos um banho especial para você!




 (16) 3335-4212

(16) 99712-7036



segunda-feira, 27 de abril de 2020

Consultas nos tempos da pandemia


 Você sabia, que estamos fazendo consultas à distância? Para sua maior comodidade e segurança, entre em contato para maiores informações.


Tel. (16) 3335-4212
Whatzap (16) 99712-7036



Nos bastidores...

Meus queridos filhos.

A  Festa anual da Cabocla, que seria comemorada no dia 25 de Abril, foi adiada este ano devido a quarentena em virtude do Corona-vírus. Mesmo assim, no recolhimento da Casa de Candomblé Manso Bangolepanzo, estou organizando as oferendas e preparos, rendendo as devidas homenagem a Cabocla. Mesmo nos bastidores, fechados momentaneamente aos filhos e ao público em geral, vou cumprindo a missão. Além da Cabocla,  também rendo homenagens ao Boiadeiro e ao nosso Marujo, poderoso, ágil dominador do mar, e requisitado para muitos trabalhos, ajudando a humanidade. 

Muito Axé! Mesmo que em off


Mãe Cecilia





sexta-feira, 10 de abril de 2020

SEXTA-FEIRA SANTA - RECADO DE MÃE CECÍLIA



Bom dia todos os meus filhos e amigos! Hoje é um grande dia, Sexta-Feira Santa. Que todos guardem sua dieta, seu resguardo, seu jejum da forma que achar melhor. Mãe Cecília e o Bangolepanzo deseja à vocês uma Sexta-Feira Santa, de muita paz, muita saúde e vamos implorar à Deus e os Orixás para que essa pandemia passe e pedir para que Nosso Senhor Jesus Cristo abençoe todos nós, o nosso País e o mundo. Eu só tenho a agradecer à Deus e todos os Orixás por ter vocês como meus filhos de Santo.


Deus abençõe todos vocês nessa dia e que reine o amor a paz!
Que Oxalá, Olorum abençoe!


(Mãe Cecília)

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Bom dia



Mais um dia da semana se inicia. Tempo de repensar, de cuidados conosco e com nossos queridos irmãos, amigos. São alguns elementos que em ocasiões difíceis são despertados em nossos corações. A coragem, a iniciativa, a compreensão, reflexão e principalmente o perdão que nos leva ao entendimento e crescimento. Que nossos Orixás nos guie com sabedoria e fé, pois tudo passa e deixa ensinamentos; muitas vezes duro mas necessário para uma global modificação. A natureza a tudo assiste e em sua grande generosidade, expõe toda a sua exuberância nesse grande céu azul o qual brindamos a semana. 

Bom dia meus filhos, amigos, e passantes!

Mãe Cecília
Araraquara

domingo, 5 de abril de 2020



Meus queridos filhos:

Quero que vocês deem valor as suas vidas e se guardem bastante! Eu estou aqui rezando, pedindo a Oyá por todos e a todos os Orixás que ilumine o caminho de meus filhos e amigos. Grande abraço !

(Mãe Cecília)

quinta-feira, 26 de março de 2020

Tempos difíceis, tempo de Fé

Estamos vivendo tempos difíceis, fomos apanhados por uma Pandemia, que vem se desenvolvendo desde o final do ano 2019, colocando nossas vidas em risco, mexendo  com nossa rotina. Precisamos entender que somos pequenos, que podemos muito mas muitas vezes não podemos tudo... Existe uma lei maior, uma força maior, que se apresenta em nossas crenças e que deve ser respeitada. Estamos em tempo de nos disciplinar, nos cuidar e principalmente cuidar do próximo, nos humanizar. Vamos rogar ao nosso pai Oxalá, ao nosso Orixá Omulu, Obaluaê, ao Tempo. Que os Orixás das matas e caboclos, nos oriente e com suas ervas, nos mostre os caminhos para a recuperação dos nossos
enfermos. Tenhamos Fé, tenhamos paciência, estaremos aqui pedindo por todos vocês.


(Mãe Cecilia)


Imagem Victor B

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Prece aos Inkices

PRECE AOS INKICES



(Orixás)


Google imagem, Orixás
Que a irreverência e o desprendimento de Oluvaiá me animem a não encarar as coisas de forma como elas parecem ser à primeira vista e sim que eu aprenda que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado bem e proveitoso.
Que a tenacidade de Nkosi me inspire a viver com determinação, sem que eu me intimide com pedras, espinhos e trevas. Que sua espada e sua lança desobstruam meu caminho e seu escudo me defenda.
Que o labor de Burungunzo me estimule a conquistar sucesso à fartura à custa de meu próprio esforço. Que suas flechas caiam à minha frente, às minhas costas, á minha direita e a minha esquerda, cercando-me para que nenhum mal me aflija.
Que as folhas de Katendê forneçam o bálsamo revitalizante que instaure minhas energias, mantendo minha mente e corpo são.
Que Dandalunda me de serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal como suas águas – que seguem desbravadoras no curso do rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja, que eu possa lutar por um objetivo sem arrependimento.
Que os raios de Matamba iluminem meu caminho e o turbilhão de seus ventos leve para longe aqueles que de mim se aproximam com o intuito de se aproveitarem de minhas fraquezas.
Que a pedreiras de Nzazi sejam a consolidação da Lei Divina em meu coração. Que seu machado pese sobre minha cabeça agindo na consciência e sua balança me inspire o bom senso.
Que as ondas de Mikaiá me descarreguem levando para as profundezas do mar sagrado as aflições do dia a dia, dando-me a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que me causa dor e que seu seio materno me acolha e me console.
Que as cabaças de Sambuê tragam não a cura de minhas mazelas corporais, como também ajudem meu espírito a se despojar das vicissitudes.
Que o arco-íris de Angolô transporte para o infinito minhas orações, sonhos e anseios e que me traga as respostas divinas, de acordo com o meu merecimento.
Que Zambarandá a senhora da renovação da vida, mãe de toda criação. Dê-me a calma necessária para aguardar com paciência o momento certo para tomar minhas decisões.
Que a vitalidade de Vunji me estimule a enfrentar os dissabores como aprendizado, que eu não perca a pureza mesmo que, ao meu redor, a tentação queira me envolver. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim refinamento moral.
Que a paz de Lembá renove minhas esperanças de que, depois de erros e acertos, tristezas e alegrias, derrotas e vitórias, chegarei ai meu objetivo mais nobre, ao pé de Zambi Maior.

Acreditar!



SE VERDADEIRAMENTE ACREDITAS NAS FORÇAS EMANADAS DOS ORIXÁS, VÁ À LUTA QUE TUDO CONSEGUIRÁS NA MEDIDA EXATA DOS TEUS MERECIMENTOS, DA TUA HUMILDADE, DO TAMANHO DO AMOR QUE DEDICAS AO PRÓXIMO E DE TUA CAPACIDADE DE NÃO GUARDAR RANCOR E DE PERDOAR QUANDO FOR POSSÍVEL. CASO CONTRÁRIO, MELHOR DEIXAR O CANDOMBLÉ.


(Babalorixá Júlio Braga)





Mãe Cecília de Araraquara//Babalorixa Júlio Braga.

sábado, 1 de fevereiro de 2020

O Candomblé no Brasil (Informação)

O Candomblé no Brasil

Nas religiões de matrizes africanas, no Candomblé especialmente, a transmissão do conhecimento religioso ocorre através da oralidade, embora nos dias atuais exista uma vasta produção escrita por membros integrantes da academia. O Candomblé no Brasil surgiu através da diáspora negra, ou seja, com tráfico de escravos negros oriundos de diversas cidades Africanas. O candomblé como conhecemos hoje no Brasil não existe em outros países, pois devido a união de diversos escravos de diferentes regiões numa mesma senzala criou-se miscigenação de fundamentos dando origem ao nosso Candomblé. No Brasil uma roça de candomblé cultua vários orixás. Na África cada região cultua um determinado orixá, ou seja, cada região africana cultua um orixá e só inicia elegun ou pessoa daquele orixá. Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros no Brasil. Por esse motivo, antigos Babalorixás e Yalorixás evitavam chamar o “culto dos orixás” de Candomblé. Eles não queriam, com isso, serem confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo a palavra Candomblé foi aceita e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas.

O culto aos orixás teve origem na África e foi trazida para o Brasil pelos negros iorubas. Seus deuses são os Orixás, apenas alguns são cultuados no nosso país: Essú, Ògun, Osossì, Osanyin, Obalúaye, Òsúmàré, Nàná Buruku, Sàngó, Oya, Oba, Ewa, Osun, Yemanjá, Logun Ede, Oságuian e Osàlufan. Hoje, A palavra Candomblé possui 2 (dois) significados entre os pesquisadores: Candomblé seria uma modificação fonética de “Candonbé”, um tipo de atabaque usado pelos negros de Angola; ou ainda, viria de “Candonbidé”, que quer dizer “ato de louvar, pedir por alguém ou por alguma coisa”. A palavra Candomblé define, no Brasil, o que chamamos de culto afro-brasileiro, ou seja: “Uma Cultura Africana em Solo Brasileiro”. A palavra Candomblé também é usada para definir o modelo de cada tribo ou região africana, conforme alguns exemplos seguir:

• Candomblé da Nação Ketu

• Candomblé da Nação Jeje

• Candomblé da Nação Angola

Os grupos que falavam a língua yorubá entre eles os de Oyó, Abeokutá, Ijexá, Ebá e Benin vieram constituir uma forma de culto denominada de Candomblé da Nação Ketu. Ketu era uma cidade igual as demais, mas no Brasil passou a designar o culto de Candomblé da Nação Ketu ou Alaketu.
   
A palavra “Nação” entra aí não para definir uma nação política, pois Nação Jeje não existia em termos políticos. O que é chamado de Nação Jeje é o Candomblé formado pelos povos vindos da região do Dahomé e formado pelos povos Mahin.
Os Candomblés da Nação Angola e Congo foram desenvolvidos no Brasil com a chegada desses africanos vindos de Angola e Congo.

O candomblé na África é totalmente patriarcal. No Brasil esta religião tornou-se matriarcal com várias mães de santo na frente do conhecimento. Foram através do pulso forte destas mães que se constituiu o candomblé brasileiro, preservando tradições africanas. A história mostra que nas primeiras casas de candomblé no Brasil, homens eram proibidos de entrar no xiré (roda de dança para os orixás).

Ilê Axé Iya Nassô Oká / Terreiro da Casa Branca

No período da escravidão no Brasil, os negros formavam suas comunidades nos engenhos de cana. Na Bahia, princesas, na condição de escravas, vindas de Oyó e Keto , fundaram um centro num engenho de cana. Depois se agruparam na Barroquinha em Salvador, onde fundaram uma comunidade de Nagô , que segundo historiadores, remonta mais ou menos 300 anos de existência. Sabe-se que esta comunidade fora fundada por três negras africanas cujos nomes são: Adetá ou Iya Detá, Iya Kalá e Iya Nassô . Não se tem certeza de quem plantou o Axé , porém o Engenho Velho se chama Ilé Iya Nassô Oká . O Ilé Iya Nassô funcionava numa Roça na Barroquinha, dentro do perímetro urbano de Salvador. Os africanos que se encontravam alí, lugar deserto naquela época, porém próximo ao Palácio de sua Real Magestade tiveram receio da intervenção das autoridades no seu Culto, daí, Iya Nassô resolveu arrendar terras do Engenho Velho do Rio Vermelho de Baixo, no trecho chamado Joaquim dos Couros, lugar onde se encontra até hoje, estabelecendo aí o primeiro Terreiro de Culto Africano na Bahia.

Mas, o motivo principal desta reunião era estabelecer um culto africanista no Brasil, pois viram essas mulheres, que se alguma coisa não fosse feita aos seus irmãos negros e descendentes, nada teriam para preservar o “culto de orixá”, já que os negros que aqui chegavam eram batizados na Igreja Católica e obrigados a praticarem assim a religião católica.

Este culto, no Brasil, teria que ser similar ao culto praticado na África, em que o principal quesito para se ingressar em seus mistérios seria a iniciação. Enquanto na África a iniciação é feita muitas vezes em plena floresta, no Brasil foi estabelecida uma mini-África, ou seja, a casa de culto teria todos os orixás africanos juntos.Ao contrário da África, onde cada orixá está ligado a uma
aldeia, ou cidade; por exemplo: Xangô em Oyó, Oxum em Ijexá e assim por diante.

Outras casas tem referência histórica na Bahia a exemplo de: Terreiro do Gantois e oIlê Axé Opó Afonjá, este último fundado por Mãe Eugênia Anna dos Santos, em 1910, ambos intimamente vinculados ao Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho. Além destes, existem outros entre os quais, Zoogodô Bogum Malê Rundó(Terreiro do Bogum). Bate Folha, na Mata Escura.

VIVA OLORUM!



(Texto cedido colaborador J)


(
Texto cedido colaborador J)

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

OXUM

Oxum é uma orixá, é a rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras, cultuada no candomblé e nas religiões de origem africana.
Oxum é a segunda esposa de Xangô e trás a sabedoria e o poder feminino, como suas características. Além disso, é conhecida como deusa do ouro e do jogo de búzios. É a deusa do rio Oxum (ou Osun) que fica no continente africano, mais concretamente no Sudoeste da Nigéria.
 Oxum é uma mulher graciosa e elegante, que tem predileção por joias, perfumesonhecida por sincretismo religioso. Oxum é sincretizada como Nossa Senhora da Conceição, na maioria dos estados brasileiros, e sua data é 8 de Dezembro.

 e roupas. A figura de Oxum carrega um espelho na mão. 
Oxum representa a deusa da beleza, orixá do amor, da fertilidade e da maternidade, responsável pela proteção dos fetos e das crianças recém-nascidas, sendo adorada pelas mulheres que querem engravidar. Seu elemento é a água, sua cor é o amarelo e seu dia é o Sábado.
Os orixás são ancestrais divinizados pelo candomblé, religião trazida da África para o Brasil, durante o século XVI. 
No Brasil, cada orixá foi associado a um santo da Igreja Católica.


Falando de Candomblé


Os santos de hoje não são como os de antigamente!


Antes os orixás , nkisis e voduns tinham mais axé!” Por vezes, escutamos comentários como esses em nossos terreiros ou nos fóruns de discussão sobre o candomblé na internet.
Ainda que entenda e concorde com o lugar ímpar da ancestralidade em nossa vivência religiosa enquanto filhos de axé, gostaria de lembrar que a exaltação de qualquer tempo passado não exclui a possibilidade de exaltarmos também as nossas práticas atuais e olharmos para o futuro com esperança e otimismo.
Digo isso pelas seguintes razões:
Primeiro, considerando-se que os orixás, nkisis e voduns são forças da natureza, dizer que no passado eles tinham mais axé do que hoje seria equivalente a dizer que o mar de ontem tinha mais axé do que o mar de hoje.
Seria também equivalente a dizer, por exemplo, que o fogo de ontem queimava mais do que o fogo de hoje.
Ora, água é água. Fogo é fogo. O fogo de ontem pode ter sido diferente, porque queimou ontem, e precisa ser valorizado, mas isso não quer dizer que o fogo de hoje em dia seja mais fraco ou mais frio. Ademais, temos bons motivos para continuar acreditando que o fogo futuro continue sendo quente e poderoso.
O segundo motivo pelo qual acredito que a exaltação do passado dentre os povos de candomblé não deva ocorrer em detrimento do reconhecimento da força atual e futura de nossa religião é que o povo de santo sempre aprendeu a valorizar tanto seus mais velhos quanto seus mais novos. Tanto nossos anciãos quanto nossas crianças são fundamentais para a força de um axé.
Sabemos que o futuro do candomblé depende de nossas crianças. Da mesma forma, devemos nos lembrar de que o futuro do candomblé também depende do axé de nossos yawos.
Um dos perigos de acreditarmos que “antes os orixás, nkisis e voduns tinham mais axé” é exatamente o de autossabotagem dentro da nossa religião.
Precisamos evitar que tais ideias de declínio de força afete a confiança de nossos recém-iniciados e nosso otimismo em relação ao futuro do candomblé.
Devemos sempre ter fé e acreditar na força dos santos, tanto os de hoje quanto os de ontem. Já possuímos inimigos externos suficientes, não precisamos que o próprio povo de santo continue propagando o pessimismo em relação ao presente ou futuro de nossa religião.
Precisamos lutar contra o desencantamento implícito na fala daqueles que acreditam que os orixás, nkisi e voduns de outros tempos eram mais fortes do que os de hoje.
Nossas águas de hoje continuam sendo água e continuam sendo sagradas. O desencantamento do mundo é o que os nossos inimigos esperam de nós. Enquanto povo de santo, precisamos continuar a valorizar e a ter fé nas forças da natureza hoje e sempre.
Portanto, precisamos acreditar e exaltar o axé que temos hoje, assim como devemos reconhecer a força e o valor de nossos ancestrais. Enquanto o mundo for vivo, ainda haverá terra, haverá água, haverá ar, haverá fogo.
Enquanto existir mundo, existirá a força dos orixás, nkisis e voduns. E se um dia o mundo acabar-se, ainda haverá olorun, obatalá,zambi e as divindades da criação. De lá, um novo mundo poderá ser criado.
Precisamos apenas manter a nossa fé nos orixás, nkisis e voduns, hoje e sempre.

(Texto fornecido por Colaborador J)

Bater cabeça por quê?

Bater cabeça por quê?

 Cada tradição religiosa possui sua doutrina, rito de iniciação ou de passagem ao escolher uma tradição está de acordo com estas normas, que fazem parte da cultura ritualística, da tradição escolhida.
Desta forma não cabe aos iniciados questionarem os hábitos e costumes que estão sendo praticados, já que ao entrar previamente se os conhece, cabe a cada um procurar entender esta ritualística, questionar como surgiu, de que maneira está fundamentada.
A religião tradicional africana é uma religião extremamente ritualística, faz parte da cultura, e da tradição religiosa. Dentre estes ritos, bater cabeça é um dos mais simples e importantes ritos religiosos, que ao contrário do que muitos pensam não está presente somente na religião africana.
Vários podem ser os significados que podem estar relacionados com a dinâmica de bater cabeça. Na religiosidade africana, é importante lembrar que o sagrado encontra-se na terra e não no céu, como a tradição Cristã, desta maneira manter contato com o solo é estreitar nosso contato com o sagrado.
"Toda a ação ritual no terreiro está indissoluvelmente ligada à terra.
“Em alguns terreiros, o ritual do bate-cabeça, é feito individualmente, assim que o participante entre no espaço sagrado”.
É no solo que entramos em contato com a divindade, por isso fazemos obrigação no chão, nossos Orixás comem no chão, plantamos nossos axés (quando não despachados) no solo. A terra é sagrada, pois é a morada de nossos ancestrais, de nossos nkisis (Orixás.)
Em um primeiro momento, bater cabeça representa humildade, pois estamos deitados, seja para pedir ou apenas para agradecer.
 Os nkisis (Orixás) também batem cabeça, e se eles que são Orixás batem cabeça, porque algumas pessoas insistem em não bater? Ao não bater cabeça está ignorando o Orixá, o desrespeitando e nos colocando como superiores a ele. Não bater cabeça é ignorar o  nkisi (Orixá), desrespeitar Olorum, o axé, o sagrado, os antigos, nossos ancestrais, nossa religião.
E principalmente não estamos nos submetendo às normas da religião ao qual escolhemos para nossa vida, enfim bater cabeça em um Axé, é mais que um direito é um dever de todos os iniciados dentro do culto aos nkisis (Orixás.)

    ( Texto colhido e enviado por Colaborador J)